Nesta sexta-feira (28), a maior comunidade quilombola do Rio Grande do Norte teve um dia marcado por uma gama de atividades que incluíram apresentações culturais com danças ancestrais como Pau Furado Maculelê, Boi de Reis e Quadrilha Junina, capoeira, roda de conversa com o tema “Consciência Negra, Ancestralidade e Território Quilombola”, reunindo políticos, servidores públicos, líderes comunitários, profissionais liberais e estudantes, destacando o protagonismo da negritude e conscientizando sobre o antirracismo, além do lançamento de um livro produzido por uma escritora da comunidade. O palco foi o entorno do Ponto de Cultura Baobá, no centro de Capoeiras.
Esse foi o ápice de uma vasta programação que começou ainda na quarta-feira (26) e destacou a valorização da cultura negra e o fortalecimento da comunidade de Capoeiras como elemento fundamental do futuro, especialmente no tanque ao seu potencial para o turismo e a cultura, bem como demonstrou o reconhecimento e a valorização da cultura afrodescendente no município de Macaíba.
A iniciativa é fruto do projeto Quilombarte, com patrocínio da empresa Potigás, por meio do edital “Natural Como Fazer o Bem”, com apoio da Prefeitura Municipal de Macaíba e realização conjunta com a Associação Quilombola dos Moradores de Capoeiras e de diversos produtores e coletivos culturais potiguares.
Um dos principais momento desta data foi o lançamento do livro “Raízes que Ecoam”, com autoria de Aline Moura, escritora quilombola e mestranda em Antropologia Social. Ainda, houve um show musical com o artista da terra Jobay. Sobre o momento, a autora do livro declarou: “Hoje é um dia em que tudo se concentra diante de um trabalho que foi feito durante todos os dias do ano. Então, a gente celebra a questão do racismo, com ações antirracistas na comunidade e nas escolas, colocando as mulheres negras no protagonismo da comunidade, fazendo a sua própria história. Então, é um dia em que toda a comunidade se junta para celebrar essa força negra. Também é importante para a economia e o turismo, porque a gente consegue expandir e ecoar mais a nossa cultura.”


